






A atriz Flávia Monteiro, eternizada por papeis em novelas como “Vale Tudo” e “Chiquititas”, passou por uma cirurgia após descobrir um melanoma, o tipo de câncer de pele mais agressivo e letal. A artista segue em acompanhamento médico e não precisou de quimioterapia.
“O melanoma maligno avançado é uma doença muito agressiva, historicamente com prognóstico ruim, possuindo alto risco de metástase se não for identificado precocemente. Já os tumores de pele não melanoma, como o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular, são os mais comuns”, explica o Dr. Ramon Andrade de Mello, médico oncologista.
Segundo o médico, os cânceres de pele ocorrem devido à replicação desordenada das células da pele, o que leva à formação de um tumor maligno. No caso do melanoma, o diagnóstico precoce melhora as chances de sucesso do tratamento.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de um câncer de pele, estão histórico familiar, alterações genéticas e fototipo de pele. No entanto, a exposição excessiva ao sol sem uso de protetores deve ser o principal sinal de atenção.
“A exposição solar desprotegida é realmente preponderante para o desenvolvimento do câncer de pele. Isso é especialmente preocupante no Brasil, onde a incidência de radiação solar é muito elevada”, explica o oncologista.
É importante usar diariamente um protetor solar com, no mínimo, FPS 30 e reaplicá-lo de duas em duas horas em ambientes abertos e de quatro em quatro horas em ambientes fechados. Também é melhor evitar a exposição solar entre 10h e 16h, horário de pico da radiação.
O câncer de pele pode, muitas vezes, ser silencioso. Por esse motivo, o autoexame de pele é um dos principais aliados, já que ajuda no diagnóstico precoce. “O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, com uma grande quantidade de pintas, que se expuseram excessivamente ao sol antes dos 30 anos ou sofreram queimaduras”, explica a Dra. Claudia Marçal, médica dermatologista.
A profissional informa que o exame deve ser realizado, pelo menos, uma vez por mês. “Em frente ao espelho em um lugar com boa iluminação, comece examinando o rosto, principalmente nariz, lábios, boca e orelhas, além do couro cabeludo, o que pode ser feito com ajuda de um pente para separar os fios. Em seguida, foque no pescoço, peito e tórax e não se esqueça da nuca e abaixo dos seios. Nos braços, verifique axilas, antebraços, cotovelos e mãos, inclusive entre os dedos. Com a ajuda do espelho ou de outra pessoa, atente-se às costas, nádegas e pernas. Sente-se para olhar também o interno das coxas, área genital, tornozelos e pés, incluindo a sola e o espaço entre os dedos”, instrui a médica.
O objetivo do autoexame é verificar a existência de lesões preocupantes com a regra ABCD, sigla para assimetria, borda, cor e diâmetro. “Dividimos a lesão em quatro partes iguais e comparamos os quadrantes. Caso a pinta seja assimétrica, tenha bordas irregulares, várias cores ou diâmetro maior que 6 mm, é motivo de atenção", explica Dra. Claudia. Caso a lesão coce, doa ou sangre, é essencial procurar um médico.