






Beatriz Segall ficou marcada por dar vida a Odete Roitman na primeira versão da novela "Vale Tudo", entre 1988 e 1989. Quase 40 anos depois, a icônica trama de Gilberto Braga estreou adaptação e já mexeu com o público. Nessa nova versão, cabe a Débora Bloch dar vida à vilã, uma das maiores da teledramaturgia.
Morta aos 92 anos em 2018 e vítima de duas graves quedas entre 2013 e 2015, Beatriz foi professora antes de abraçar a atuação, época na qual, segundo ela mesma, provocava medo nos alunos. Já atriz, integrou o elenco de várias novelas como "Água Viva", "Carmem", "Barriga de Aluguel", "De Corpo e Alma" e "Lado a Lado".
E além de ter sido professora de línguas, tanto a portuguesa como estrangeiras, você sabia que Beatriz Segall teve uma coleção inusitada e chegou a trocar a carreira para se dedicar à família por quase 15 anos? Confira essas curiosidades a respeito da eterna Odete Roitman de "Vale Tudo".
- Beatriz Segall colecionava copos de cristal e também pincenês. Esse é uma espécie de óculos que não possui hastes e se equilibra no nariz através de uma mola. O objeto era usado por Silvio Santos na TV e também foi aderido pelo escritor Machado de Assis.
- Nos anos 1950, a atriz se casou com o economista Maurício Segall, com quem teve seus três filhos: o cineasta Sérgio e os arquitetos Paulo e Mário. Por causa da família, abandonou a profissão e só retomou a carreira cerca de 14 anos depois.
- Na década de 1970, Beatriz assumiu a direção do Teatro São Pedro, em São Paulo, após a prisão do marido, causada por motivos políticos. Maurício foi torturado na cadeia, onde ficou um ano.
- Odete Roitman na TV, a atriz sabia cantar, tricotar e tocar piano.
- Beatriz gostava de receber amigos em casa e cozinhar para eles.
- No começo dos 1990, Beatriz Segall relatou que viajava uma vez por ano para Paris.
- Na infância, Beatriz pintava e também se dedicava a fazer tapeçaria.
- Admitiu certa vez ser gulosa, com paixão por chocolates e biscoitos. "Tenho sorte de não engordar", afirmou.
- Ao ser questionada se era vaidosa, afirmou que sim, mas ponderou: "Sou preguiçosa".
- Apontou sua personagem na série "Plantão de Polícia", uma lésbica como a personagem mais inusitada que havia interpretado até 1997. "Era uma modista frequentava as festas da sociedade para dar dicas ao filho assaltante. Foi ótimo", destacou ao "O Estado de S.Paulo". A expressão "personagem mais inusitada" foi a usada na época da entrevista da atriz.