





O brutal assassinato do ator Rafael Miguel, de "Chiquititas" (2013-2015) completa seis anos no próximo dia 10 e só no final da semana passada, Paulo Cupertino foi condenado. Pelo triplo homicídio, o assassino do artista e dos pais do jovem, João Alcisio e Miriam, recebeu pena de 98 anos de prisão. Filha de Cupertino e namorada de Rafael na época do triplo assassinato, Isabela Tibcherani classificou a decisão como justa e em desabafo na web não se referiu ao empresário como pai em momento algum.
Em seu currículo, além da segunda versão da novelinha infantil e do comercial no qual pedia brócolis à mãe em um mercado, Rafael atuou ainda em "JK" (2006), série que retratou a vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), que governou o Brasil de 1956 a 1961. Na produção da Globo o ator, então com 9 anos, deu vida ao Antenor, papel que coube na fase adulta a Lucci Ferreira.
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O personagem era filho bastardo do coronel Licurgo (Luís Mello), de quem levava uma surra em um dos episódios. "Mello, aos berros, tinha que fingir esbofetear o menino e jogá-lo no chão. Mas o paulistinha de 9 anos, conhecido pelo comercial de um banco (aquele que repete 'quer poupar quanto?'), tirou de letra. A cena foi ensaiada duas vezes e gravada três — mas só por preciosismo", relatou o jornal "O Globo" de 25 de dezembro de 2005.
A entrega de Rafael foi tanta que ele acabou aplaudido pela equipe técnica e colegas de elenco, como Luis Mello: "Com criança este tipo de cena fica mais fácil, porque ela não tem tensão, deixa-se levar facilmente".
À professora de interpretação do elenco mirim, Paloma Riani, o ator questionou de forma orgulhosa do que havia feito em cena: "Consegui chorar um pouquinho, você viu?". Em "JK", Antenor apanha do pai ao tentar acordar a dançarina Salomé, sua mãe de criação e que está em coma.