






A morte do Papa Francisco ocorreu sem sofrimento e foi rápida, impedindo, assim, que os médicos pudessem fazer algo pelo pontífice. Depois de 12 anos à frente do Vaticano, Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos após um derrame e problemas cardíacos na segunda-feira (21) e será sepultado neste sábado, seguindo uma série de ritos da Igreja Católica.
Primeiro papa argentino, sul-americano, jesuíta e não europeu em mais de 1.300 anos, Francisco ficou internado em estado grave entre fevereiro e março por 37 dias por conta de problemas pulmonares. Segundo Sergio Alfieri, médico do hospital Gemelli, no qual o papa foi hospitalizado, houve um chamado do Vaticano às 5h30 (hora local) para se dirigir às pressas por conta do estado de saúde do líder da Igreja Católica.
"Entrei em seu quarto e ele (Francisco) estava com os olhos abertos. Confirmei que não havia problemas respiratórios. Tentei chamá-lo pelo nome, mas ele não me respondeu. Naquele momento, eu soube que não havia mais nada a fazer", disse Alfieri ao jornal "Corriere della Sera" nesta quinta-feira (24).
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Se levantou a hipótese de levar Francisco ao hospital, porém o médico acredita que ele teria morrido no trajeto. "Fazendo uma tomografia, teríamos um diagnóstico mais preciso, mas nada mais. Foi um daqueles derrames que, em uma hora, te levam embora", explicou afastando a tese de que o papa tenha tido sobrecarga de trabalho.
"Sabíamos que ele queria voltar para casa e ser papa até o último momento. Ele não nos decepcionou", prosseguiu citando um ritual da véspera da Sexta-feira Santa. "O papa lamentou não poder lavar os pés dos prisioneiros. Desta vez não consegui foi a última coisa que ele me disse", recordou a respeito de Francisco, acusado no passado de grave crime durante a Ditadura argentina.