





Diretor da novela "A Viagem" e fora da Globo há quase 10 anos, Wolf Maya entregou detalhes da produção da trama espírita exibida em 1994 e atualmente reprisada pela terceira vez no "Vale a Pena Ver de Novo" com o mesmo sucesso na audiência. "Na verdade, tive que camuflar o roteiro de 'A Viagem' porque a Globo sempre foi uma emissora ligada à Igreja (Católica)", afirmou o pai de Maria Maya, fora das novelas desde 2013.
"Quando falamos da 'A Viagem', ela foi colocada em um momento muito delicado no ar. Apresentamos 'A Viagem' em uma emissora extremamente católica", prosseguiu à coluna "Gente" da revista "Veja". "(A Globo) nunca tinha feito uma obra espiritualista maior, com dimensão de catarse popular, como é uma novela", prosseguiu o diretor.
Segundo Maya foi preciso "muito cuidado" para abordar o espiritismo em "A Viagem", tema esse que seria abordado depois em outras novelas como "Anjo de Mim", "O Profeta" e "Alma Gêmea". "Cheguei no (Allan) Kardec, na doutrina espírita, muito sutilmente", cravou ele, que em outra ocasião já disse não sentir saudade da TV líder.
"Não queria fazer uma novela doutrinária, queria uma novela de emoção, uma novela com traumas, com tramas, com ganchos, como diz respeito a um folhetim tradicional", completou o também ator. Wolf Maya estreou na direção de novelas em 1981 com o original de "Ciranda de Pedra".
Depois, esteve em "Final Feliz", "TiTiTi" (original), "Bambolê", "Barriga de Aluguel", "Malhação", "Pecado Capital" (remake) e "Kubanacan", além de "Senhora do Destino", "Duas Caras", "Amor à Vida" e "I Love Paraisópolis".


