





Um dos maiores galãs dos primeiros anos da novela brasileira, Francisco Cuoco será velado em cerimônia aberta aos fãs nesta sexta-feira (20) em São Paulo, onde morreu aos 91 anos após cerca de três semanas internado em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Protagonista de "Redenção" (Excelsior) e das primeiras versões de "Selva de Pedra", "O Astro" e "Pecado Capital" (Globo), o artista que deixa três filhos enfrentava problemas de saúde há algum tempo e atualmente pesava mais de 130kg.
Os papéis na TV e no cinema são muito lembrados, porém poucos sabem, ou se recordam, que Cuoco se aventurou também na música. No final de 2001, o galã lançou o CD "Paz Interior", que reunia 16 orações católicas e o mesmo número de versões musicadas. Ao jornal "Valor Econômico", relatou ser católico, porém não praticante. "Mas sempre que possível passo em Aparecida do Norte e faço minhas preces", afirmou.
"Queria dar momentos poucos agressivos porque a televisão e o rádio estão muito perto da gente e sempre com muita violência", prosseguiu.
Envolvido em polêmica com Carolina Ferraz no fim dos anos 1990 quando foram par no remake de "Pecado Capital", Cuoco recordou ter se apegado a São Jorge nos anos 1970 quando viveu o taxista Carlão na primeira versão da novela. "O Carlão cultuava o santo. Tinha a imagem dele em casa, medalhinha no peito e no táxi. Esse convívio com a fé do personagem acabou me influenciando", explicou.
Além do disco religioso, o ator gravou um compacto duplo em 1975, mesmo ano de estreia de "Pecado Capital", onde disputava Betty Faria com Lima Duarte. Naquele disco, o artista interpretava músicas de Roberto Carlos e de artistas internacionais. O projeto de um segundo volume, porém, nunca foi adiante.
Um dos atores a viver gêmeos na TV, em "O Outro", Cuoco integrou ainda o elenco de outras novelas como "O Salvador da Pátria" e "A Próxima Vítima", além de "Lua Cheia de Amor", onde também fez dois papéis.


