





Luciano Huck foi alvo de um assalto à mão armada em outubro de 2007. O apresentador foi abordado por motoqueiros enquanto estava parado no sinal e teve um revólver apontado para sua cabeça. O caso veio à tona através de um artigo que o próprio global escreveu para o jornal Folha de São Paulo.
No artigo “Pensamentos quase póstumos”, Luciano falou sobre o medo de morrer e deixar os dois filhos pequenos. Na época, Angélica estava na reta final da gravidez de Benício e Joaquim tinha apenas dois anos.
“Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio. Por quê? Por causa de um relógio”, diz o parágrafo inicial do artigo.
Luciano dirigia na companhia do empresário Fernando Di Gênio Barbosa quando a moto emparelhou. O homem na garupa apontou um revólver calibre 38 para a cabeça do apresentador e pediu o relógio. Ele estava com um Rolex, avaliado em R$ 10 mil.
Luciano afirma que, na mesma semana, uma funcionária e seu irmão também foram assaltados. “Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa. Adoro São Paulo. É a minha cidade. Nasci aqui. As minhas raízes estão aqui. Defendo esta cidade. Mas a situação está ficando indefensável”, lamentou.
Dias depois, a Polícia anunciou a prisão dos dois suspeitos do assalto a Luciano. Um deles, um garçom de 22 anos, estava foragido de uma penitenciária, onde cumpria pena por tentativa de roubo seguida de tentativa de homicídio e por roubo de mais um relógio, coincidentemente, um Rolex. O outro, um grafiteiro de 27 anos, já havia cumprido pena por roubo.
O Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) realizaram as prisões graças a um informante da delegacia. Segundo ele, o relógio já havia sido vendido. Huck retornou a São Paulo para fazer reconhecimento dos ladrões.
“Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio. Isso não está certo”, concluiu Huck no artigo.